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SKIFF

Começa a falar-se no lançamento do novo e-reader da Hearst: o Skiff. Feito especialmente para a leitura de jornais e revistas, o dispositivo será flexível, terá um ecrã de táctil de 11,5 polegadas e uma definição de 1200 x 1600 pixels. O preço de lançamento andará entre os 600 e os mil dólares.
skiff
Este tipo de dispositivos poderá ser a bóia de salvação da imprensa. Tal como acontece com o Kindle e o iPad, a compra do dispositivo deverá incluir a assinaturas de algumas publicações.

FORMAÇÃO SUPERIOR DE JORNALISTAS

A propósito do Congresso sobre Rádio, e num resumo do que foi dito na mesa “A convergência multimédia como um desafio técnico e humano”, Luís Bonixe escreve o seguinte: “o jornalista multifunções não existe. Em determinados momentos e perante determinados acontecimentos jornalísticos, é normal que um jornalista recolha sons, imagens (vídeo e fotografia), escreva no blogue e actualize o twitter. Mas essas serão as excepções”.
Não é a primeira vez que ouço este tipo de afirmações, mas continuo a dizer que discordo desta visão. Lembra-me o tempo em que o uso do computador pelos jornalistas também era uma excepção, em que pesquisar na Internet era igualmente singular ou quando tirar fotografias era coisa exclusiva de fotojornalista.
Como tenho vindo a dizer, o jornalista do futuro é multimédia, multitarefa e multiplataforma, pelo que as escolas de jornalismo devem criar um ambiente de formação que permita aos seus estudantes uma plena integração no novo ecossistema mediático. Para isso é necessário aproximar a investigação do ensino, testar novos modelos de comunicação e incentivar os alunos a participarem em projectos extracurriculares.
Foi este o caminho que escolhemos para os alunos de Jornalismo da UBI. Se, como dizem, o “jornalista multifunções” é uma excepção, então os nossos alunos são excepcionais. E ainda bem.

XI CONGRESO DE PERIODISMO DIGITAL DE HUESCA

Embora com alguns dias de atraso, aqui ficam as conclusões daquele que é o mais importante congresso de webjornalismo da Península Ibérica.

1. O jornalismo atravessa um período de grandes transformações, e embora o futuro seja incerto, não há razão para temer o pior. O suporte não deve mudar a essência do jornalismo, que deve continuar a sair à rua, ao contacto com os cidadãos, oferecendo informação contextualizada.

2. É necessário procurar novas narrativas que surpreendam o receptor. Para isso é necessário personalizar a informação e explorar o potencial multimédia do meio.

3. Não há receitas universais para a convergência nas redacções, mas é importante que ela se faça no espaço e nas mentalidades.

4. O jornalista deve trabalhar respeitando os códigos deontológicos, recusando a banalização da informação

5. A Internet abriu um mundo de possibilidades aos ilustradores e artistas gráficos e as publicações devem aproveitar este “jornalismo de imagem” que combina criatividade artística, observação e comunicação.

6. A informação de cariz económico está sujeita a muitas pressões: e preciso resistir.

7. As redes sociais e a possibilidade de interagir com os leitores estão a gerar um fluxo informativo bidireccional. O jornalista pode beneficiar com a crítica construtiva, mas também está mais sujeito a insultos e reacções radicais.

8. O aparecimento dos e-readers está a atrair mais consumidores para a leitura digital. Os media têm nestas plataformas uma boa oportunidade para aumentarem a audiência.

9. A ausência de modelos de negócio estáveis para a imprensa digital está a afectar o sector. As empresas ainda investem pouco nas edições online e nas novidades tecnológicas que vão surgindo, o que provoca um afastamento entre as expectativas do mercado e a oferta dos meios.

JORNALISMO E PUBLICIDADE

A crise económica está a afectar profundamente o jornalismo, um sector muito dependente das receitas publicitárias. Na procura de alternativas, o Los Angeles Times tira um pé da crise para o colocar sobre a ética.
A capa da edição de ontem, dia 6 de Março, pode ter rendido 540 mil euros, mas poderá também ter mudado a imagem que os seus leitores têm do jornal.
Um caso para ser discutido na redacções, mas também nas aulas de Ética dos cursos de Ciências da Comunicação.

LAT

MOBILE EM CRESCIMENTO

De acordo com a Garter, em 2009 venderam-se 1.211 mil milhões de telemóveis em todo mundo, registando-se um decréscimo de 0,9 em relação ao ano anterior. Apesar desta ligeira quebra, as vendas de smartphones cresceram 20%, com 172 milhões de aparelhos vendidos. Só no último quadrimestre venderam-se 53.8 milhões de unidades, um crescimento de 41,1% em relação ao período homólogo.
As vendas de aplicações para smartphones também estão a crescer: no campo específico das notícias, o The Guardian anunciou que em apenas dois meses vendeu (isso mesmo, vendeu) 100 mil unidades, o que gerou uma receita de quase 350 mil dólares.
Com os smartphones a posicionarem-se rapidamente como primeira forma de acesso à Internet (fala-se em 2020, mas prevejo que aconteça antes), aqui ficam algumas ferramentas que permitem criar versões “mobile” de qualquer site.

PRODUÇÃO MULTIMÉDIA: ALGUMAS DICAS

Eis um conjunto de sugestões de Colin Mulvany para quem se dedica à produção multimédia.

How to make your audio slideshows better

Great audio starts in the field

How best to approach a video story

Sequencing: The foundation of video storytelling

How to make your video editing easier

Get creative with your video camera

Opening your video: How not to lose viewers

Random Final Cut tip: Lower thirds titles

What we can learn from TV new shooters

FONTES E DEONTOLOGIA

O Conselho Deontológico (CD) do Sindicato dos Jornalistas publicou uma recomendação relacionada com a utilização de redes sociais e blogues como fonte de informação. Regista-se a preocupação do CD, mas não vejo razão para que estas fontes mereçam um tratamento diferente daquele que é dado às fontes tradicionais, pelo que não percebo a necessidade da recomendação.
Mas já que abordaram o tema das redes sociais, o CD poderia ter aproveitado a ocasião para recomendar aos jornalistas formas de procedimento na hora de citar informações oriundas de redes sociais e blogues. Talvez assim se evitassem situações como esta.

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