Eis uma interessante apresentação de Lee Rainie, Director do Pew Research Center’s Internet & American Life Project.
A imprensa continua a procurar modelos de negócio que permitam a viabilização a informação online. A nova ideia é lançar uma espécie de iTunes exclusivamente dedicado à venda de revistas. Esta banca venderá conteúdos jornalísticos em diferentes formatos, com o consumidor a poder comprar desde uma notícia a um pacote familiar com diferentes publicações.
Vale a pena ler o “Estudio de Internet e interactividad en móviles y otros dispositivos portátiles” porque confirma uma tendência: tudo aponta para que em 2020 os telemóveis sejam a primeira forma de acesso à Internet, tal como se refere no relatório The Future of Internet III.
Esta é, justamente, uma das novas linhas de investigação do Labcom (UBI) que, nos próximos dias 23, 24 e 25 de Outubro, organiza o 1ª Encontro da Montanha intitulado Jornalismo e Redes Móveis. Com entrada gratuita, este evento é uma boa oportunidade para saber mais sobre o tema no agradável ambiente da Serra da Estrela.
Depois de Rupert Murdoch ter avisado que o acesso às publicações online da News Corporation vai passar a ser paga, outros jornais estão a avançar para modelos de cobrança de conteúdos informativos. E até a Google está a ultimar um sistema de micropagamentos que, assim espera a empresa, pode ser a solução para o pagamento de conteúdos informativos. Eis a proposta que a Google fez à Newspapers Association of America.
O novo site Rádio Renascença é um bom exemplo do que devem fazer as rádios na era digital: apostar no multimédia.
Há uma tentativa de integração de sons no texto, mas não da melhor forma. Os sons, tal como as fotos e os vídeos, devem ser linkados a partir de palavras do texto, abrindo numa janela como a utilizada na galeria de fotos do site. Apesar de tudo, a caixa multimédia situada no lado direito da notícia é uma evolução interessante, pois é a primeira vez que um site informativo estabelece uma ligação entre a oferta multimédia e a notícia.
Concordo com o Luís Santos quando diz que é preciso melhorar a ligação dos textos com as redes sociais. Sugiro a integração do Twingly, uma ferramenta interessantíssima na construção de pontes entre a blogosfera e a mediasfera. Ainda em matéria de sugestões, penso que vale a pena melhorar a versão mobile.
Em suma, um bom trabalho a precisar apenas de pequenos acertos.
Esta semana encerra mais um jornal regional na Beira Interior. É uma boa ocasião para colocar aqui os dez conselhos de Mark Glaser para a imprensa regional sobreviver na era digital.
1. Do custom small print runs targeted to neighborhoods and interests. Not daily.
2. Become support for local writers, reporters and bloggers; help market them, sell their ads; decentralize operation
3. Replace circ, printing, print production staff with tech, SEO, community managers
4. Find out what the community wants in real face to face meetings, not focus groups. Then do what they want.
5. Utilize pro-am methods. Include community contributed content edited and vetted by pros.
6. Smart multimedia. Don’t do it just to do it. Use the right medium to tell the right story.
7. Promiscuous revenues. From ads, niche paid content, donations, non-profit grants, to directory listings.
8. Produce mapping and database projects. Employ or train journalist-hackers.
9. Meet regularly with local businesses to gauge their needs. Create online directories of local businesses.
10. Create a bottom-up organization where innovation is encouraged and rewarded at the edges. Use good ideas from anyone.
David Shedden faz aqui uma interessante compilação de artigos onde se abordam diferentes alternativas de viabilização para a imprensa escrita.
Embora a amostra seja pouco significativa, não deixa de ser interessante que Portugal seja o país que mais tempo passa online.
O jornalismo hiperlocal chegou a Madrid. O Somos Malasaña é uma das cinco publicações que vão fazer a cobertura de tudo o que acontece no centro da cidade. Para quando um projecto comercial semelhante nas grandes cidades portuguesas?
Embora com dois dias de atraso, não posso deixar de assinalar o nascimento do muito esperado La Información. Veremos se os problemas verificados na versão beta são corrigidos.
